quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Copa dos Copos - Parte 8



Vamos lá, é bola rolando nas oitavas-de-final da nossa Copa dos Copos - e não é a Jabulani ...

A partida de hoje é duríssima - nada mais, nada menos do que Portugal e Chile ! É jogo pra cardíaco, diria o chatíssimo Galvão Bueno.

O Chile começa o jogo se lançando inteiro ao ataque, baseado na juventude e no vigor de seus excelentes vinhos - Caliterra, Los Boldos, Lapostolle, Concha y Toro, Errazúriz, Ventisquero.





O meio-de-campo chileno é excepcional, um dos melhores do mundo, formando com Almaviva, Don Melchor e Caballo Loco.







E no comando do ataque, lidera o francês naturalizado chileno Carmenère - ah, esse francesinho que conseguiu se tornar o símbolo maior dos vinhos do Chile !

Mas o adversário é Portugal - e Portugal sabe como poucos manejar sua enorme experiência de 1.500 anos de produção de vinho.

A defesa é absolutamente soberana, com Dão, Estremadura, Bairrada, Ribatejo (que está mudando de nome para Tejo).

No meio-do-campo, os vinhos verdes têm seus admiradores, e eles abusam das uvas com nomes tradicionais : Touriga Nacional, Tinto Cão, Trajadura, Alvarinho, Alfrocheiro, Maria Gomes, Rabo de Ovelha, Antão Vaz ...





O ataque, arrasador, forma com Alentejo pela direita (ah, os vinhos do Alentejo!), Douro pela esquerda e, para completar, o demolidor, irresistível centro-avante - o Vinho do Porto ...





É quase para chorar, é para silenciar as vuvuzelas alucinadas, mas não tem jeito - o Chile é derrotado e cai fora da Copa dos Copos .. Merecia ir mais longe, mas o grande vencedor de hoje é mesmo Portugal.

2 comentários:

Unknown disse...

Caro Nivaldo
Gostaria de entender melhor a razão pela qual Portugal ganhou este jogo. Você não acha que o peso da tradição pode ter subjugado a criatividade e diversidade de "jogadas" do Chile?

Nivaldo Sanches disse...

Pois é, Tereza, era mesmo um jogo dificílimo ! Acho que você tem razão - a tradição de Portugal sobrepujou a inegável qualidade dos "atacantes" chilenos ... São séculos e séculos de depuração, de evolução da tecnologia, de maturação dos cortes, etc. O bom é que na vida real, fora da Copa dos Copos, a gente pode continuar declarando empate - e bebendo ambos !

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