Já falamos um pouco sobre os aspectos visuais, que são a primeira parte do processo de degustação. Agora, vamos falar sobre os aromas.
Depois de ter nossa visão devidamente impactada pelo vinho, vamos agora nos dedicar ao segundo dos nossos sentidos a ser utilizado - o olfato.
De novo, vale a regra - não se trata de entornar a taça de vinho como quem bebe um copo de Coca-Cola. A degustação é um processo em que a gente precisa, antes de mais nada, prestar atenção ao que está fazendo.
É frescura ? Sim, pode ser, não nego. Mas o objetivo é prolongar o prazer do vinho, extrair desse gesto simples tudo o que ele pode nos oferecer de prazer e de sensações aos nossos sentidos.
Sentir o aroma do vinho é antes de tudo um exercício de memória - no caso, a memória olfativa. Não é muito fácil exercitar essa memória. Depende de concentração e de treino. Tereza e eu temos desenvolvido o hábito de cheirar as coisas - no super-mercado, parecemos às vezes dois cães, cheirando as frutas, os legumes, os temperos, e tentando reter na memória esses aromas. É, o pessoal em volta acha meio estranho - mas, e daí ?
O primeiro passo é sentir o aroma do vinho recém-entornado na taça. Sempre segurando a taça pela haste, pode colocar o nariz dentro da taça e aspire profundamente.
Cabe aqui uma palavrinha de cautela - em se tratando de alguns amigos do blog (o Ivan, o Hélder, o Lauro Russi) essa operação de "botar o nariz" na taça pode ser um pouco perigosa. Levando em conta o tamanho do apêndice nasal dos citados, há que se tomar cuidado com o risco de afogamento ...
Sinta os aromas, e procure associá-los, na sua cabeça, aos aromas que você conhece.
Em seguida, gire a taça, com aquele movimento circular típico dos "entendidos" em vinho, e cheire outra vez.
Você vai ver que essa "giradinha" marota tem um efeito muito intenso. Ela libera os vapores da bebida, e os aromas agora são muito mais fortes, muito mais marcantes. Faça a experiência, você mesmo !
E que aromas se pode encontrar nos vinhos ?
Há os florais : rosa, lírio, margarida, violeta.
Há os de frutas : limão, laranja, cereja, morango, abacaxi, pêssego, tangerina, noz, avelã, uva passa.
Há os vegetais : grama, hortelã, pimentão, tabaco.
Há os de especiarias : canela, pimenta, cravo-da-índia.
Há outros : couro, madeira, café, baunilha, mel, manteiga.
Mas esses aromas existem mesmo no vinho ? Ou tudo é fruto da imaginação - ou da frescura - do degustador ?
Falremos disso em outro post, que este já está muito comprido !
terça-feira, 20 de julho de 2010
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2 comentários:
Divulgado para nossos amigos
Um brinde,
Denys Roman
Cave Antiga
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www.facebook.com/vinicolacaveantiga
Obrigado, Denys !
Saúde !
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