Esta semana, voltamos a jantar naquele que é hoje nosso restaurante preferido de comida japonesa em São Paulo : o Huto, em Moema.
No Huto, encontramos outra vez, como sempre, pratos deliciosos e criativos, longe da mesmice dos "restaurantes japoneses" e "temakerias" que aparecem em cada esquina da cidade, servidos em um ambiente extremamente agradável, supervisionado pela simpatia do Fábio - e tudo isso com preços honestos !
Vejam só as maravilhas que provamos por lá : berinjela japonesa (lentamente cozida, preservando a forma e desmanchando-se na boca quase como um creme), tempurá de palmito (envolvido em folhas de shissô e flor de sal), um delicioso ovo empanado com azeite de trufas, um tenro filé de merluza negra, sushis de polvo, atum, salmão ... Uma festa !
E para beber ? Bem, é claro que os fãs podem sempre pedir a carta de saquês e se divertir - mas Tereza e eu, como sabem os leitores deste blog, preferimos vinhos - mesmo que seja sempre uma tarefa arriscada harmonizar sabores tão variados.
A opção desta vez foi por um vinho bem diferente : um Pinots D'Alsace Domaine Bott-Geyl Métiss 2007. É um vinho orgânico produzido na Alsácia, no nordeste da França, e leva em sua composição uma mistura de uvas pinots (daí seu nome estranho) : são três uvas brancas (pinot blanc, pinot gris e pinot auxerrois) e uma uva tinta (pinot noir).
O vinho tem uma coloração amarela intensa e brilhante, aromas de mel e de flores, e na boca é frutado e bem equilibrado, com toques doces e ao mesmo tempo toques minerais. Um vinho delicioso, mas a harmonização não funcionou sempre, ao longo do jantar.
Casou muito bem com a berinjela e com os sushis onde a arte do sushiman (o simpático Tadashi) acrescentava uns toques adocicados. Também foi bem com a merluza negra - mas foi apenas OK para os sushis e os sashimis mais tradicionais.
Enfim, a experimentação, mais uma vez, valeu a pena.
O jantar, então, nem se fala - saímos de lá felizes e satisfeitos, programando a próxima volta.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
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2 comentários:
Estive no Huto recentemente. Gostei! Valeu a dica de vinho. Nem sempre tomo vinho nesse tipo de restaurante e confesso que temo não harmonizar corretamente.
Pois é, Birman, vinho no restaurante japonês é sempre uma aposta um pouco arriscada ... Já tomamos vinhos caros que simplesmente não combinaram.
Mesmo este Pinot d'Alsace combinou bem com algumas coisas e não tão bem com outras.
Mas um dos atrativos deste mundo dos vinhos é exatamente fazer experiências : algumas são bem sucedidas, outras não - mas em todas elas a gente se diverte, garanto !
Quanto ao Huto, não tem erro : pode ir lá sem medo, e com a certeza de que o jantar vai sempre valer a pena.
Grande abraço !
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