quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Portugal também produz bons vinhos brancos


Sim, sim, voltei da minha viagem a Portugal convencido de que isso é verdade - embora sejam bem menos conhecidos e famosos do que os tintos (que realmente são superiores), os vinhos brancos de Portugal não são nada desprezíveis - ao contrário ... E nem sequer estou me referindo aos famosos vinhos verdes do norte do país.

Especialmente na maravilhosa região do Douro, os lusitanos andam produzindo algumas coisas bastante interessantes nessa área. As uvas, como sempre, têm aqueles nomes peculiares : arinto, gouveia, viosinho, rabigato, donzelinho ...

Pois bem : ontem à noite, Tereza atacou de novo no fogão, e saiu-se com um ótimo risotto, feito com ervilhas, peras secas, palmito, queijo gorgonzola e, já no prato, um leve toque de aceto balsâmico.

Para beber, abrimos precisamente um branco português lá do Douro : o eleito foi um Vinha Grande Branco Ferreirinha 2010. A Casa Ferreirinha, como é sabido, deve esse nome à célebre Dona Antonia Ferreira, a Ferreirinha, que foi a improvável magnata dos vinhos do Douro no século XVIII - mas a vinícola hoje pertence à Sogrape, a maior produtora do país.


O vinho estava ótimo - no nariz, aromas florais e de frutas, mas quase sem toque cítrico : lembrava mais peras ou - principalmente -  melões, e uma leve nuance mineral. Na boca, ótima acidez, equilibrado e razoavelmente encorpado, com um final bem longo.

Harmonizou muitíssimo bem com o risotto -  o toque adocicado das peras secas combinava com os aromas / sabores de melão do vinho, e a acidez contrabalançava a presença do gorgonzola. Por fim, acho que uma certa untuosidade combinava bem com o creme de ervilhas que fazia a base do risotto.

Fica aí a sugestão - se você gosta de brancos, deixe um pouquinho de lado a mesmice dos chardonnay e sauvignon blanc e prove um português, pra variar - depois me conte o que achou !

6 comentários:

Flavio Vinho Bão disse...

Caro,
Portugal oferece mesmo uma gama enorme de belos brancos. Além dos já conhecidos Esporão Private Selection, Pera Manca, Vallado Reserva e Redoma (o Reserva é demais), destaco ainda aqueles ótimos brancos da Bairrada e Dão (o Condessa de Santar é uma jóia!). Ainda não conheço esse Vinha Grande branco. Quero experimentar.
Abraços,
Flavio

Nivaldo Sanches disse...

Pois é, Flávio, você tem toda a razão ! O Esporão Private Selection é realmente um destaque e tanto entre os do Alentejo. Tomei também um Joaquim Madeira, do Alentejo, de que gostei muito, e um outro chamado Chaminé. No Douro, gostei bastante do Diálogo, e do Vallado, que você mencionou.
O Condessa de Santar foi realmente uma surpresa para mim, muito superior ao que eu esperava - tomei-o em um jnatar na linda cidade de Alcobaça.
Gostei muito até deum vinho da menos prestigiada região de Lisboa, o Quinta da Chocapalha.

Enfim - é um mundo a ser descoberto e desfrutado !
Abraços, apareça mais vezes por aqui !

Flavio Vinho Bão disse...

Caro Nivaldo,
Apreciaste grandes vinhos, hein? Ainda não bebi o Chocapalha branco, mas adoro o tinto reserva deles. Bem, a Sandra Tavares da Silva é craque. Aliás, tem o Guru, feito por ela e o seu marido Jorge Serôdio Borges (o cara mais polido que conheci na vida), que é excelente.
Bem, a lista é grande. Como você disse, o negócio descobrir e desfrutar.
Abraços,
Flavio

Anônimo disse...

Fala Nivaldo, mudando um pouco do assunto e até remetendo ao tópico anterior - ganhei um presente do nosso amigo Renato Takahashi, que foi para os EUA e trouxe uma coisa muito legal para mim - um dispositivo eletrônico que você coloca na garrafa de vinho aberto, e que retira o ar de dentro e assim, em tese, evita a oxidação do vinho e ainda informa a temperatura. Sei que pra você este dispositivo é meio inútil, pois não creio que você e a Tereza deixem uma garrafa pela metade, porém para mim até é, já que às vezes a Thaís não me acompanha e sou obrigado e bebê-la toda. Nestes casos, poderia deixar para o dia seguinte. A pergunta é - você acha que um dispositivo deste efetivamente funciona? A desvantagem é que terei que deixá-lo fora da adega, já que não pode mais deitar o vinho aberto e nem caberia. Eu achei um presente ótimo, porém ainda não pude testá-lo porque não estou bebendo ainda.

Salu2

Sandro

Nivaldo Sanches disse...

Sandro, eu, pessoalmente. não conheço esse equipamento - como você disse, não se aplica aqui em casa ... risos ...

Mas tenho visto na Internet alguns comentários positivos. Há um que injeta uma fina camada de um gás inerte (não lembro qual), que meio que "veda" o vinho e mantém o líquido afastado do oxigênio.

Sei que esses artefatos funcionam e são realmente capazes de preservar o vinho - mas, em geral, só por alguns dias, 3 ou 4, no máximo. Faça sua experiência e conte pra gente os resultados - depois do dia 20 , é isso ?

Abraços !

Anônimo disse...

É isto mesmo Nivaldo. O grande problema é que, estou tão sedento por tomar um vinho que talvez demore um pouco para eu usar o aparelho - hahahaha.
Quanto ao uso, é exatamente esta a ideia - manter por 3 ou 4 dias, no máximo. Mais que isso, é certo que o vinho só vai servir para temperar salada.

Sandro

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