segunda-feira, 10 de maio de 2010

As meias-garrafas e o marido da Tatiana

A Tatiana, leitora do nosso blog, perguntava outro dia sobre as meias-garrafas de vinho. Como o marido dela não gosta de vinho (como assim, não gosta de vinho ?!?) ela bebe um pouco da garrafa e guarda o restante na geladeira. Mas ela diz - e está corretíssima - que o vinho na geladeira dura no máximo um ou dois dias. Depois disso, fica imbebível. Que fazer ?

Bem, esse é um problema que eu não costumo enfrentar aqui em casa. O normal é Tereza e eu disputarmos avidamente os últimos goles da garrafa. Vale tudo, aqui. Já tivemos registro de trocas sub-reptícias de taça cheia por taça vazia, goles roubados, infindáveis argumentações tentando demonstrar quem bebeu mais do que quem, e assim por diante. Em restaurantes, a tentativa de suborno do garçon é considerada uma opção válida.

Mas, como o problema da Tatiana é diferente, vamos lá - a saída óbvia é a meia-garrafa. Por alguma razão, a gente não tem, no Brasil, o hábito da meia-garrafa. Fiz uma visita aos pontos de venda mais próximos de casa e confirmei que a oferta é muito pequena. No supermercado, só encontrei coisas como Periquita e Corvo - vinhos apenas medianos, para não dizer medíocres.

Já uma pesquisa na Internet foi um pouco mais promissora. Parece que as importadoras grandes estão se preocupando um pouco mais com pessoas como a Tatiana. Encontrei ofertas interessantes de meias-garrafas no site da Mistral, e também no site da Vinci.

Meu amigo Quilis sugere as bombas de vácuo, que também podem ser compradas pela Internet. A marca padrão é Vacuvin (veja o jeitão da peça aqui), e os textos dos blogs que pesquisei indicam, como já havia feito o Quilis, que os resultados são bons. Pessoalmente nunca testei, mas fica aí a sugestão. O preço fica ao redor de 50 reais.

Tatiana, conte pra gente, depois, como foram suas experiências comprando meias-garrafas, ou, se for o caso, com o tal do Vacuvin. Melhor ainda, conte pra gente quando conseguir convencer o maridão a tomar um golinho de vinho no jantar ...

9 comentários:

Pablo disse...

As bombas de vácuo são uma maravilhosa solução., eu tenho até duas e utilizo sempre. É surpreendente quanto um vinho pode agüentar sem perder o sabor, aroma nem propriedades.
O que mata ao vinho uma vez aberto e o contato com o oxigênio (O2) que produz o processo de oxidação do vinho aberto ainda que dentro da geladeira (ainda que o frio reduz a atividade bacteriana)
Extraindo o ar do interior da garrafa (só se consegue tirar uma parte dele) reduz enormemente esta atividade que combinado com um guarda adequada darão uma vida útil prolongada ao vinho. A geladeira conservara melhor só que fica difícil depois conseguir a melhor temperatura para consumo. No meu caso prefiro guardar na adega climatizada.
Assim poderemos desfrutar de um maravilhoso vinho sem depender das garrafas pequenas que limitam as nossas possibilidade. São poucos os vinhos que vem nesse tamanho.

Dica: As bombas de vácuo no Brasil são muito caras, caso se tenha algum conhecido que viaje para Buenos Aires, lá poderão comprar uma excelente bomba por uns 20 ou 30 reais.

Nivaldo Sanches disse...

Grande Pablo, nada como a voz sábia da experiência portenha para nos iluminar nesta conversa ... Vamos, pois, utilizar a bomba de vácuo. E se pudermos comprá-las pessoalmente, em uma viagem a essa maravilhosa cidade de Buenos Aires, tanto melhor !

J. BOAVIDA disse...

Nivaldo : parabens pelo blog, agora só necessito de tempoi para acompanhar.
Depois desta vou a MISTRAL , adquirir um DO9M MARTINHO DE 2005 QUE JÁ PROVEI E A RELAÇÃO QUALIDADE PREÇO ESTÁ ÓTIMA
ABRAÇO
"NUNO"....J.M.

Nivaldo Sanches disse...

Beleza, Nuno, obrigado pelos comentários. Beba seu Don Martinho, e depois compartilhe com a gente a sua opinião.
Abraços

Unknown disse...

Nivaldo! parabens pelo blog.. os textos são ótimos, bons para 'sorvê-los' como uma taça de um bom vinho. Visita obrigatória.

Saudades.. mande beijos pra Tereza.

Nivaldo Sanches disse...

Legal, Wadilson, obrigado pelos comentários. Venha sempre nos visitar aqui no blog, de preferência com uma tacinha na mão ...
Se você se registrar como seguidor do blog, será avisado sempre que houver algum posto novo.
Grande abraço !

Anônimo disse...

Algo mais sobre vinhos : um famoso vinicultor Europeu , na hora de se despedir da familia em viagem para o além... deixou o seguinte legado a seus filhos e continuadores do negócio de vinhos .

Referiu : meus filhos nunca se esqueçam que em ultimo caso tambem se faz vinho de uvas !!!
citação.

" Nuno " digo MARTINHO

Anônimo disse...

Como foi a chegada a Sampa ...os bons filhos a casa tornam...veio alguma amostra dos vinhos de Leste?
Será que vamos continuar nos Chilenos e Argentinos? Abraço
Nuno

Nivaldo Sanches disse...

Olá, Nuno, quanto tempo !
Sim, aqui estamos, de volta a Sampa, depois de quase 35 dias de viagem por Hungria, República Checa e Polônia - com direito ainda a uma breve passadinha em Viena e outra em Amsterdam ... Bebemos muito por lá, especialmente na Hungria. Na República Checa, quase nada - os vinhos são bem medíocres ... O forte deles, sem nenhuma dúvida, são as belíssimas cervejas ! Na Polônia, então, nem se ouve falar em vinhos locais ... Não deu pra trazer nada de lá - seja pela dificuldade, seja pela nossa preguiça em ficar carregando garrafas ... Ou seja : voltando ao Brasil, voltamos mesmo aos argentinos e chilenos - que por sorte são ótimos !
Grande abraço !

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