Vista do casario colonial de Diamantina |
Tereza e eu tiramos uma semaninha de férias e fomos visitar Minas Gerais - grande novidade, a gente adora Minas e sempre que pode vai até lá : Tiradentes, Ouro Preto, Congonhas, Belzonte ...
Desta vez, nosso foco era Diamantina, a bela cidade colonial ao norte de Belo Horizonte, no comecinho do tristemente famosos Vale do Jequitinhonha (uma das regiões mais pobres do país).
Diamantina está inscrita na lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO - e de fato é uma cidade muito bonita, com um amplo e bem conservado casario colonial. Só que a estrutura turística deixa um pouco a desejar : muitas atrações turísticas fechadas, poucas pousadas, todas muito simples, e pouquíssimos restaurantes. Nos nossos primeiros dias, não chegamos propriamente a comer mal, mas não foi nada memorável, com certeza ...
Porém ...
Porém, uma noite, decidimos experimentar um troço diferente : um restaurante árabe. Lá fomos nós, sem grandes expectativas - imagine só, um restaurante árabe no norte de Minas !
Meus amigos, que surpresa agradabilíssima ! O restaurante chama-se Al-Árabe, e fomos atendidos pelo simpaticíssimo proprietário, o Ahmad, filho de libaneses.
Jantamos divinamente - começando pelas pastinhas tradicionais (homus e babaganuche), visitando depois esfihas deliciosas, feitas com uma massa finíssima e saborosa, um ótimo e surpreendente kibe frito vegetariano (com crosta de trigo e abóbora, recheado com coalhada seca), passando por uma porção de deliciosos bolinhos de falafel, e finalizando com um ataif - a também tradicional massa folhada envolta em calda de água de rosas.
Para beber, outra surpresa : um belo vinho libanês, o Chateau Kefraya Les Bretèches 2007, um vinho aveludado e macio, que combinou muito bem com os sabores exóticos e cheio de especiarias da cozinha libanesa. O vinho é produzido no Vale do Bekaa, e é feito à base da uva cinsault, com cortes de cabernet sauvignon, grenache e carignan.
Saímos de lá agradavelmente surpresos, felizes, e muito, mas MUITO agradecidos ao Ahmad, pela sua simpatia e pelo seu talento.
5 comentários:
Hummmmmmmmm... Adoro esse Kefraya! O branco também é muito bom!
Beijo
Evelyn
Olá queridos amigos,
essas viagens históricas são tão românticas, adoro isso. Juntando com vinho e gastronomia então, fica perfeito.
Quando eu e Gerson estávamos na nada romântica Dar es Salaam, fomos à um restaurante indiano próximo ao nosso hotel chamado Alcove e, assim como vocês, também fomos surpreendidos. Tanto que fomos lá duas vezes no mesmo dia. Não me atrevo a sequer citar o nome dos pratos mas estava tudo muito saboroso, alguns com mais pimenta, outros com menos. Pra acompanhar, vinho. Tá certo que não seria lá, ou pelo menos não nos lugares por onde andamos (precária infra estrutura), mas qual seria o vinho ideal pra acompanhar a tradicional comida indiana?
Fica a dica pro nosso próximo encontro. Já fui alertada que o Godiva (?) pode dar indigestão financeira, rsrsrs.
Abraços à você e à Tereza.
Ops, esqueci de dizer...
adorei o BIP, não só pela personalização do momento como também pela sigla que ficou muito, muito bacana.
Estamos em busca do nosso também. Eu costumo usar: 'momento "só se vive uma vez". Mas não fica tão legal quanto o de vocês e ainda fica a discussão se é a vida ou o momento que se vive só uma vez, rsrsrs.
Olá, Evelyn !
Nunca tomei o branco libanês ... EU já tinha provado antes o Chateau Kefraya Reserva, tinto. Bom vinho, mas caro demais (lembro que paguei cerca de 150 reais aqui em SP).
Esse Les Bretèches saiu por 70, no restaurante, lá em Diamantina.
Ainda hei de provar esse branco a que você se refere ...
Beijos
Oi, Vânia !
Acho que o restaurante indiano a que você se refere aqui em SP é o Govinda : delicioso, a menos de duas quadras da minha casa ...
Pois que seja lá então nosso jantar para comemorar o retorno do Gerson ! É meio caro, sim, mas dá pra encarar.
Quanto ao vinho, depende um pouco do que se vai comer. Eu acho que se e preferência for por comidas vegetarianas, com molhos de iogurte ou coisas do gênero, daria pra tentar um branco mais suave, como um Sancerre francês ou mesmo um Torrontès argentino (bem mais baratinho ...)
Já se a opção for por um daqueles pratos cheios de curry e muito apimentados, aí minha preferência recai para o oposto - um tinto encorpadão, com muito álcool, pra fazer frente aos sabores fortes. Eu arriscaria um bom Malbec argentino.
Já tomamos lá no Govinda uns espanhóis que foram razoavelmente : lembro de um Rioja Crianza, também de sabor marcante.
Pode ser que um Pinotage da África do Sul, bem encorpado, também encare bem ...
Só falta ver quantas garrafas o Gerson vai conseguir ajeitar dentro daquela mochila dele ... risos ...
Beijos , obrigado pelos comentários !! E a BIP segue em frente ....
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