Os anfitriões |
No sábado passado, estivemos em Campinas, na casa de nossos queridos amigos Cláudia e Walther. Temos feito muitas degustações e harmonizações com eles - às vezes aqui em Sampa, às vezes lá em Campinas. Como sempre, comemos muito bem, rimos muito, nos divertimos - e bebemos muito vinho, é óbvio ...
Nosso jantar consistiu basicamente de peixes, em diversas apresentações.
O festim teve início com uma rodada de ótimos sushis - na verdade, eram hossomaki, aqueles sushizinhos tradicionais enrolados com a alga por fora. Existe uma eterna discussão sobre qual o vinho adequado para acompanhar sushis. Há quem prefira vinhos brancos mais ácidos (como sauvignon blanc ou riesling), há quem prefira os chardonnay mais clássicos - e há quem diga pra gente esquecer o vinho e ir mesmo de um bom saquê.
Nossos anfitriões, sempre sábios, optaram por uma saída clássica, incapaz de desagradar os mais exigentes consumidores : champagne ...
Batemos uma boa garrafinha de Champagne Montaudon Brut. A Montaudon é uma vinícola que fica no coração da região francesa de Champagne, e produz seus vinhos espumantes por lá desde o início do século XIX. Este vinho que bebemos, feito com pinot noir, chardonnay e pinot meunier, tinha muito frescor e equilíbrio, com aromas de frutas e um final prolongado. Combinou muito bem com os sushis.
Depois, partimos para uma anchova grelhada, acompanhada de vagens sautée - delicioso ! Aqui, o vinho escolhido foi um Yellow Tail Chardonnay 2010, um australiano que tem estado muito presente nas prateleiras das lojas aqui em São Paulo. Este vinho é produzido em Riverina, New South Wales, pela vinícola Casella. Pra quem não conhece a história, o tal do "rabo-amarelo" abalou o mercado americano alguns anos atrás, e é até hoje um dos vinhos mais vendidos no mundo. A proposta deles, tanto nos EUA como aqui, é fazer um vinho honesto, bem-feito, barato, fácil de beber e capaz de atrair um mercado imenso formado por jovens que habitualmente preferem beber cerveja. Já provei o shiraz e o chardonnay, ambos numa faixa de preços de 30/35 reais - vale a pena experimentar, garanto.
Tereza, sempre chateada diante de boa comida e bons vinhos ... |
E aí veio a dúvida - continuar no vinho branco ou migrar discretamente para os tintos ?
Optamos pela segunda : um Viñamar Pinot Noir 2010, um chileno produzido no Valle de Casablanca. Pessoalmente, gosto muito de harmonizar peixes com pinot noir (quando nada, pra contrariar a velha regra do "vinho branco com peixe").
Depois do jantar, como ainda tínhamos sede (!!), deu tempo de finalizar com um um bom e leal Luigi Bosca Pinot Noir 2010.
Resumo da ópera - foi tudo ótimo, como sempre, é claro ...
A próxima será em Sampa !