No final do ano passado, a BIP – a Busca
Incansável do Prazer – nos levou até Florianópolis, para visitar nossos
queridos amigos Ester e Alex. Estivemos por 4 dias conhecendo o sul da ilha,
onde nunca havíamos estado antes. É uma região muito bonita, marcada fortemente
pela memória dos açorianos – os portugueses do arquipélagos dos Açores que, no
século XVIII, imigraram em massa para o Brasil e estabeleceram-se em Santa
Catarina.
Tivemos por lá um ótimo almoço no
Restaurante Ostradamus – sim, o nome é esse mesmo, num evidente trocadilho com
o famoso profeta seiscentista francês e as ostras, que são o prato forte do
restaurante e, por sinal, um dos grandes atrativos gastronômicos da ilha.
O Ostradamus fica em Ribeirão da Ilha, em
sua parte sul. Comemos por lá ostras preparadas de diversas maneiras, todas
deliciosas.
Para beber, escoltando nossas ostras
fresquíssimas, elegemos – surpresa ! – vinho.
O sommelier da casa, muito gentil, atencioso e extremamente bem informado, nos levou para uma estimulante visita à bela adega subterrânea do restaurante.
Seguindo uma recomendação do próprio sommelier, demos início aos trabalhos com um espumante Viapiana 575 Brut, produzido
em Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, pela vinícola Viapiana.
Elaborado pelo tradicional método
champenoise, com 80 % de Chardonnay e 20 % de Riesling Itálico, é um espumante
fresco e de boa acidez. A passagem de 9 meses em barricas de carvalho francês
adiciona-lhe um certo aroma de baunilha, e o vinho tem um final prolongado e
agradável. O nome do vinho – o tal “575” – é o número de dias (cerca de 20
meses) em que ele passa em contato com a borra antes do final da vinificação.
Não chegou a nos maravilhar, mas não
decepcionou, absolutamente.
Seguimos a refeição com outro vinho
sugerido pelo sommelier : um Garzón Albariño 2015, produzido em Maldonado,
Uruguai, com a tradicional uva espanhola. Aromas florais e cítricos, fresco e
levemente mineral na boca, acompanhou bem a nova rodada de ostras.
Também não foi encantador, mas esteve longe
de nos desapontar. Na verdade, Tereza e eu bebemos coisas bem superiores em uma
recente visita ao “paysito” vizinho – falarei disso em um dos meus próximos
posts.
Enfim, a destacar nesta nossa visita ao
Restaurante Ostradamus : a boa comida, o local agradabilíssimo, e o excelente
tratamento que recebemos por parte dos garçons, do maître e do sommelier. Ao
final da refeição, depois de jogar fora muita conversa fiada sobre vinhos com a
equipe, ainda fomos brindados com um belo fecho : umas tacinhas de vinho do
Porto que nos foram oferecidas como cortesia …
No vou nem mencionar, por absolutamente desnecessário, a excelente companhia dos nossos queridíssimos amigos !
Este humilde blogueiro, Tereza, e nossos grandes amigos Ester e Alex - parecemos todos bem chateados, não ? |
5 comentários:
Dia inesquecível!!! Foi maravilhoso tê-los aqui. Esperamos que venham mais vezes para novas experiências com vinhos... Rsr E da próxima vez será com sol, heim?
Ahhh... E parabéns por ter vencido a preguiça. Seu texto e análises são muito bons para ficarem só pra você e a Te... Rs. Beijo
Obrigado, Ester !!! Sim, nós também esperamos ir mais vezes !!
PS - seu primeiro comentário saiu como "Anônimo", sei lá por quê ... O segund saiu assinado normalmente.
Beijos pra você e pro Alex !
Das coincidências da vida...
Eu estava em Floripa neste final de ano, mas não consegui me organizar a tempo de visitar o Ostradamus. Preciso voltar, principalmente depois deste post!
Beijo
Aqui entre nós, Evelyn - um dia desses a gente vai acabar, fatalmente, se "esbarrando" por aí, em algum lugar do universo ...
Quanto ao Ostradamus, vá, sim - tenho certeza que você vai amar a adega deles !!
Beijos
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