sexta-feira, 29 de abril de 2011

Escolhendo um vinho alemão na prateleira - Parte 2

A sopa de letrinhas que a gente encontra no rótulo dos vinhos alemães é mesmo um pouco confusa, para nós - tanto por conta do idioma, sempre mais difícil que o francês, o espanhol, o italiano - como por conta da complexidade real da legislação alemã.

No primeio post sobre este assunto, eu mencionei que os vinhos top da Alemanha ganham a classificação de Qualitätswein mit Prädikat - isso quer dizer algo como Vinho de Qualidade com Predicados Especiais, e corresponde, mais ou menos, às DOCG da Itália e da Espanha.

Só que no caso da Alemanha, esses vinhos top ainda podem ser classificados em seis categorias, de acordo com o gau de maturação das uvas :
  • Kabinett - são os vinhos feitos com as uvas colhidas no período de colheita normal.
  • Spätlese - vinho feito com uvas colhidas tardiamente - este vinho, portanto, é um pouquinho mais doce.
  • Auslese - uvas colhidas seletivamente, com algumas delas botrytizadas - ou seja, atacadas por aquele fungo que as deixa com um teor de açúcar mais concentrado.
  • Beerenauslese - bem docinho, com mais uvas botrytizadas.
  • Eiswein - o vinho do gelo, delicioso, produzido com as uvas congeladas pela neve.
  • Trockenbeerenauslesen - o mais doce de todos, produzidos com as uvas que ficaram no pé até se tornarem passas.
Ufa !  Complicado, né ? Difícil de entender, e difícil de falar - mas, pode acreditar, muito, mas MUITO fácil de beber ...

Definitivamente, a Alemanha é a terra dos vinhos brancos. Também há tintos por lá, é claro, mas os seus brancos, especialmente os produzidos com a uva riesling, são campeões - e valem o esforço de entender essa bendita classificação aí de cima ...

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