Semana passada, estivemos em um jantar especial, promovido pela importadora Zahil e pelo restaurante Eau, aqui em São Paulo.
O menu foi criado em conjunto pelos chefs Mauro Colagreco e Laurent Hervé. O primeiro é o chef de um restaurante chamado Mirazur, quase na fronteira entre França e Itália, que tem duas estrelas do famoso Guia Michelin e acaba de ser incluído na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo - aquela mesma lista que incluiu o D.O.M., do Alex Atala. Quanto ao Laurent Hervé, ele é o chef do próprio restaurante Eau, no hotel Hyatt, aqui no Brooklin.
A Zahil entrou com os bem conhecidos - e muito bons ! - vinhos argentinos da Rutini, produzidos na região de Mendoza. O evento todo foi muito bem organizado, e nós pudemos nos entregar com entusiasmo a este nosso grande prazer : comer bem, beber bem e filosofar longamente sobre aromas, harmonizações, bouquets e congêneres ... Ah, como padecemos !
A coisa começou com um peixe-espada defumado acompanhado de pinhas, repolho roxo, manga e caju. Para beber, um Rutini Sauvignon Blanc 2011. Não foi um vinho que nos encantou - a coloração amarelo palha, o aroma muito suave, o sabor um pouco mais doce do que eu esperava para um sauvignon blanc me desapontaram um pouquinho. Depois de algum tempo no copo, o vinho chegou a amargar um pouco na garganta.
Depois, partimos para um tartare do mar, com creme de échalottes e algas, escoltado por um Rutini Chardonnay 2010. Aqui, a coisa melhorou bastante : o vinho era dourado, e recendia a frutas, flores, mel. Depois de algum tempo no copo, começamos a sentir aromas de amêndoas tostadas. A combinação foi excelente com as tenríssimas vieiras e camarões do prato.
O mesmo chardonnay acompanhou muito bem o prato seguinte - um magnífico confit de robalo, com espuma de batatas e alho-poró. Só de lembrar me vêm lágrimas à boca ...
O prato principal foi uma costela braseada, guarnecida de couve-flor, açaí e castanha-do-Pará - e, pra beber, tivemos a imensa satisfação de degustar dois vinhos muito bons. Começamos com um Rutini Malbec 2009, a melhor expressão das vinícolas argentinas, com seus aromas de caça e de frutas, em camadas. Harmonizou muitíssimo bem com a costela. Em seguida, veio um Rutini Antologia XXVII, um belíssimo corte de malbec, cabernet franc e petit verdot. Aroma intenso - você sentia o vinho mesmo longe da taça -, sabor delicioso, combinando a fruta e a madeira com elegância. Tereza e eu discordamos - ela preferiu o Malbec, eu gostei mais do Antologia, mas garanto que não sobrou nada nas nossas tacinhas, nem de um, nem do outro ...
Finalizamos o festim com um sorvete de queijo azul com atemóia (a velha fruta-do-conde), e depois uma sopinha de maçãs verdes e um admirável, quase etéreo canelone de coentro. O vinho selecionado foi um Rutini Vin Doux Naturel 2007, feito com uvas sémillon e verdicchio atacadas pela Botrytis cinerea, com um bom equilíbrio entre açúcar e acidez.
Enquanto isso, o Santos de Neymar e Ganso fazia 8 a 0 nos bolivianos - ou seja, cada um se diverte como lhe dá prazer, certo ?
quinta-feira, 17 de maio de 2012
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2 comentários:
Puxa vida, eu quase fui nesse jantar!
Imagino que tenha sido maravilhoso, mesmo!!
Grande beijo
Que coisa, Evelyn, a gente está sempre "quase" se encontrando por aí ... risos ... Uma hora dá certo !
Beijos
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